segunda-feira, 13 de setembro de 2010

XILOGRAVURA NO VALE - A ARTE COMO COMPLEMENTO


Denominamos de Xilogravura, a técnica de gravura na qual utilizamos madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com o carimbo.
É uma técnica em que se entalha madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado coma tinta revelando a figura.
A xilogravura popular é uma permanência do traço medieval da cultura portuguesa transplantada para o Brasil e que se desenvolveu na literatura de cordel. Quase todos os xilógrafos populares brasileiros, principalmente no Nordeste do país, provêm do cordel. Entre os mais importantes presentes no acervo da Galeria Brasiliana estão Abraão Batista, José Costa Leite, J. Borges, Amaro Francisco, José Lourenço e Gilvan Samico.
Há mais ou menos um século, o cordel-xilogravura está atrelado, desde sua chegada ao Brasil, via cultura portuguesa. Mais um traço da miscigenação cultural a que pertencemos.