quinta-feira, 16 de setembro de 2010

LITERATURA DO VALE – SABERES.


SABERES – RAIMUNDO MARQUES (2007)
TERRA DE ORIGEM: PORTO DO MANGUE/RN

Saber é melhor que ouro e prata
Saber quem nos ama de verdade
Amando com amor que não maltrata
Sabendo que a solidariedade é
A sabedoria para a vida compacta
Buscai o saber que resgata
Nem todo saber é o que retrata.

Quem sabe muito vai prevalecer
O pobre sábio e sincero
É mais poderoso que o tolo
Rico avarento que age com império

Saberes enriquece a alma
Constrói amigos, atrai fama
Age com fé e calma
Saberes nos levanta da lama
Trás de volta a quem ama
Saberes faz o triste bater palma

Saberes levanta abatidos
Ergue o caído do pó
Constrói cidadania
Com sustentabilidade
Forma inclusão social
Sugere interatividade
Gerando cultura geral
Socializando toda comunidade.


O saber, uma fonte de informação que é utilizada pela minoria populacional. O autor, em seu poema, levanta a importâncias e os benefícios dos métodos de pensar e saber pensar, proporcionando uma sabedoria refinada. Rendas elevadas, sem o saber para aplicá-las, não passarão de mera ignorância, eis então a diferença entre o nobre e o pobre, pois o último consegue obrar milagres com sua renda mínima, ficando satisfeito com o pouco, usufruindo da humildade; enquanto o outro, por sua vez, nunca se contenta com pouco, usufruindo da ganância. O dinheiro antagônico ao saber, pois todos os benefícios causados pela arte da sabedoria entram em conflito com a sede do real alheia; essa arte liga-se muito mais ao subjetivo do que ao material. Por fim, estão implícitas questões atuais, relacionando o contraste entre economia e sustentabilidade, levantando que os mesmos só não caminham em sintonia porque o lugar da sabedoria está sendo cedido para a chegada do real.