quarta-feira, 15 de setembro de 2010

HISTÓRIA DAS CIDADES E VALE DO AÇU - ITAJÁ

Um pernambucano torna-se pioneiro no povoamento da região hoje conhecida como Itajá ao herdar de seu pai grandes lotes de terras, onde se instalou uma fazenda e, esta, começou a ser povoada pelos trabalhadores e pela enorme família do fazendeiro pernambucano que possuía dezenove descendentes oriundo de seus dois casamentos e, estes, por sua vez, perpetuaram ainda mais a família e, com isso, ajudaram no povoamento, surgindo assim o povoamento do Saco.

“A história de Itajá começou com um pequeno núcleo de moradias que surgiu ao redor de uma fazenda de gado, nos idos de 1800. O pioneiro da localidade foi Alferes Guilherme Lopes Viegas, fundador da povoação e proprietário de muitas terras herdadas de seu pai, o Tenente Antônio Lopes Viegas, conhecido como fundador  de Angicos. No ano de 1803, Guilherme Lopes já estava plenamente instalado numa área  por ele chamada de Pernambuquinho, numa referência a Pernambuco, seu Estado de origem. Foi exatamente em torno dessa propriedade, num local onde vários caminhos se encontravam, que nasceu o povoamento do Saco.” (MORAIS, 2007.p.92)

 Como na época a educação só estava difusa sobre o clero, a alfabetização dos moradores foi proporcionada por um padre, chamado Luiz Guimarães, que após uma suspensão passou a morar na localidade. Em seguida, várias outras pessoas deram continuidade ao trabalho dele.

“O educador pioneiro do povoado foi o Padre Luiz Guimarães, que depois de ser suspenso dar ordens, decidiu morar na localidade e trabalhar na alfabetização dos moradores. Esse trabalho foi seguido, em 1940, por outros bravos educadores, com destaque para as figuras dos professores Estevam Egídio Pessoa, Cecília Cândida da Silva e Maria Antonieta da Silva. Mais tarde, em 1955, começava a atuação da educadora Libânia Lopes Pessoa, conhecida por seu trabalho pedagógico junto à juventude local.” (MORAIS, 2007. p.93)

A mudança nominal só veio a ocorrer no ano de 1950, quando passou a denominar-se Itajá, uma nomenclatura tupi-guarani cujo significado é terra de pedras. Em 1970, a terra de pedras começou a obter seu desenvolvimento, com a criação do primeiro pólo cerâmico, por uma iniciativa de João Eudes Ferreira, que sucedeu a instalação da energia elétrica e dos meios de telecomunicações.
O pólo cerâmico ali situado ocasionou um forte e rápido desenvolvimento da cidade. Contudo, a agricultura, extração da cera de carnaúba e da semente de oiticica e uma produção crescente de leite impulsionaram ainda mais esse desenvolvimento, ajudando ainda mais na defesa da autonomia política.
Entretanto, a independência política só veio por meio do, então governador do Estado, José Agripino Alves, com a desmembração do município de Ipanguaçu, tornando-o um novo município potiguar.
Já município, os benefícios econômicos continuaram por proporcionar o crescimento populacional e desenvolvimento econômico de Itajá, uma terra cheia de pedras onde foi possível semear uma economia forte.