A UM JASMINEIRO - DEOLINDO LIMA (1885)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN
Nos teus felizes tempos, eu te via
Todo cheio de folhas e de flores,
Num anceio de amor, então, sorvia
Tuas exhalações, os teus odores.
Quando a lua do céo, alto, espargia,
Seus thezouros de luz, os seus pallores,
O teu perfil, ao meu fulgia,
Lindo como o perfil dos meus amores...
Passo agora e te vejo desnudado,
Sem frondes, sem ramagens, desolado,
Pedindo orvalho para efflorescer...
Revive, jasmineiro de minha alma!
Traze nos teus perfumes branda calma
Ao coração exhausto de soffrer.
Todo cheio de folhas e de flores,
Num anceio de amor, então, sorvia
Tuas exhalações, os teus odores.
Quando a lua do céo, alto, espargia,
Seus thezouros de luz, os seus pallores,
O teu perfil, ao meu fulgia,
Lindo como o perfil dos meus amores...
Passo agora e te vejo desnudado,
Sem frondes, sem ramagens, desolado,
Pedindo orvalho para efflorescer...
Revive, jasmineiro de minha alma!
Traze nos teus perfumes branda calma
Ao coração exhausto de soffrer.
A partir da análise do poema em questão, podemos notar que há englobado no contexto uma nostalgia referente ao que o eu-lírico foi, e já deixou de ser. A vontade de reviver momentos antigos faz-se presente na composição, e como em poemas românticos, há sempre o citar de um amor perdido, que causa sofrimento e têm-se a necessidade de haver a reestruturação do ser em foco.