terça-feira, 21 de setembro de 2010

LITERATURA DO VALE – FULÔ DO MATO






FULÔ DO MATO – RENATO CALDAS (1980)
TERRA DE ORIGEM: ASSU/RN


"Sá Dona, vossa mecê


É a fulô mais chêrosa,
A fulo mais perfumosa
qui o meu sertão já botô!
Podem fazê um cardume
de tudo qui fô fulô,
qui nenhum, nem uma só
tem o cheiro do suo
qui seu corpinho suô.
- Tem cheiro de madrugada,
Fartum de areia muiáda,
Qui o uruváio inxombriô.
É um cheiro bom, déferente,
Qui a gente sintindo, sente,
Das outa coisa o fedô."







No poema de Renato Caldas, natural da cidade de Assu, percebe-se a variação diatópica, uma linguagem mais regionalista em que predomina o apelo fonético. O eu lírico descreve em seu poema uma doce e linda mulher pela qual ele é apaixonado e gosta de seu cheiro de qualquer maneira.